FMI com visão optimista da recuperação económica da Europa
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a Europa vai crescer rapidamente, aliás, a recuperação será tão rápida quanto a queda registada em 2020, por isso, o director do Departamento para a Europa do FMI, Alfred Krammer, considera que a recuperação será representada num gráfico em forma de “V".
O crescimento ,segundo o relatório do FMI, será de 4,5% em 2021 e 3,9% em 2022, 0,2 ponto percentual a menos e 0,7 a mais que há três meses, respectivamente. Afirmou ainda, em nome do Fundo Monetário Internacional (FMI), que será uma "recuperação rápida, mais equitativa, verde, inteligente e resiliente".
No entanto, nem todos os economistas vêem uma recuperação em forma de V muito viável. Embora seja um cenário esperado, porque se baseia numa queda acentuada do PIB, seguida de uma recuperação muito mais vigorosa, fazendo voltar as economias rapidamente aos níveis anteriores à pandemia, reduzindo o tamanho das cicatrizes deixadas por esta (menos desempregados de longa duração e menos encerramento de empresas).
Excepto no caso da China, a maioria dos economistas não vê que este cenário seja muito viável. A razão que leva actualmente a uma visão diferente da proposta pelo FMI é que os dados económicos mostram que a Europa actualmente "permanece estagnada", devido às novas vagas de infecções por Covid-19, e que a ultrapassagem desta situação depende muito da possibilidade de se aumentar rapidamente a produção e administração de vacinas.
Por sua vez, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, está confiante que 2022 será o ano em que a economia da zona do euro recuperará totalmente o seu nível pré-pandémico, impulsionada em parte pelo efeito de contágio positivo decorrente dos estímulos aprovados nos Estados Unidos, embora tenha alertado que os países com maior peso de turismo vão precisar de mais tempo.
15 Abril 2021